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O blog atém-se às questões humanas. Dispensa extremismos ou patrulhas. Que brilhe a sua luz. Bem-vindo e bem-vinda!

sábado, 8 de junho de 2013

Amigos, amigas, que as manhas de hoje não ofusquem o brio das manhãs e das manhas que somente você saberá descobrir em você.
Blogueiro manhoso.
Manhã, tão linda manhã
Ontem, enquanto digitava, entrou pela porta aberta da cozinha um beija-flor preto, volteou e temi seu bico, mas procurava uma flor com certeza. Onde encontraria as tais? Até o vaso da mesa tirei para ocupar com o notbook. Não, eram as da cortina do vitrô, meros desenhos imitando flores, de tricô. Fiquei olhando a sua dança flutuante no ar e saiu, encontrou novamente a porta aberta de minha casa, mas agora posso lembrar-me de sua visita.
Nestes dias ainda sonda as lembranças de meu pai recém-falecido e saber que o está num túmulo, lembro o local, sua última vista e parece que Deus é onipresente mesmo, quase que o vejo lá dentro e observo, e penso onde ficou este tesouro, este amigo de quem não consigo me desligar. Os momentos, os silêncios, a realidade. Nada pode o trazer novamente a não ser O que tudo pode, e este mesmo tido como todo-poderoso anda desacreditado. Desacreditado? Por que não Lhe dar uma chance, afinal, é tão frágil a nossa vida e somos uma mera palavra que saiu de sua boca e para ela volta. Penso mesmo em fazer silêncio, eu que sou tão prolixo. Sem o espírito que Ele dá às palavras, às mais bizarras, não teria sentido, nem humor em escrever minha singela literatura, independente de qualquer credo, religião, política ou editor.
Uma coisa é certa, a literatura, a expressão humana é tão frágil quanto à própria vida, somente o socorro divino dá o influxo, o sopro necessário para que chegue a termo; porque o escritor, de vez como profeta, sente os assopros divinos em seus ouvidos e não pode deixar de escrever, assim como um beija-flor não deixa de correr pelas redondezas, enquanto asas houver, ainda que enganando-se com flores desenhadas pelas mãos humanas em minha cortina, vislumbres, indignas das reais que nascem e morrem no relento e que à visão descortina. Vede!

Um comentário:

  1. Nós também nos enganamos, Camilo e toda essa saudade de nossos entes queridos ameniza um pouco quando contemplamos a mão divina sobre nós e os nossos. Precisamos deixar nossa possessividade de 'senhores da vida' e na humilde condição de criatura, entregarmo-nos. Deus veio até você através do beija-flor. Creia.
    Abraço, Célia.

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