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sábado, 22 de setembro de 2012

Amigos e amigas, grato pelos acessos a esta página, nesta semana foi mais de uma centena. Mr.Jingles é o ratinho do filme À espera de um milagre, o rato sobrevive no coração dos detentos apenados com a cadeira elétrica, exceto no de um. Milagres acontecem às portas do umbral para outra vida, inexplicáveis, mas obedece uma narrativa, de alguém muito velho e que conhece Mr. Jingles, por quê? Vejam o filme, mas antes, leiam o texto,ahaha.
Blogueiro
Publicado também em 19/09/12 na Tribuna Piracicabana
Mr. Jingles
Que susto! Esses dias em casa foi um sufoco, passou sobre o tapete da sala um ratinho. Casa fechada, o bicho passou quase sobre minhas pantufas, se virou em algum lugar e escafedeu. Queria tê-lo matado, mas já matou um rato? Ele olha para você, levanta-se nas patinhas traseiras e questiona mexendo os focinhos e olhos vivos, daí você fica com um misto de asco e raiva do invasor e ele foge. Somos tão mamíferos quanto e no laboratório ao abri-lo, vê-se, os órgãos são análogos ao dos humanos.
Isso tudo na hora em que a TV dava a morte de Michael C. Duncan, ator principal do filme À espera de um milagre, de 1999, da virada do milênio.
Nesses idos antes do milênio virar, havia a menina. Fiquei sabendo, o seu ratinho preferido não era o Mickey Mouse, era o “Mr. Jingles”. Ratinho preferido? Sempre tivera horror, nojo de ratos, pavor! Mas pelo Mr. Jingles nutria especial carinho. Este personagem coadjuvante cresceu e chegou ao nível do pretenso protagonista.
Meu Deus, todo esse tempo e não sabia que gostava de um ratinho. Seus caderninhos com desenhos, um mimo de caligrafia, nos livros flores de permeio marcando páginas. Pensei que seu bicho preferido, além dos de pelúcia, fossem gatos, cachorros, jabutis. Mas rato? Já lhes conto.
Foi assim. O canal de TV estava ligado à espera do filme, a trama se desenrolava, filme forte para criança, mas ela foi ficando... vai dormir menina! Mas adultos também começaram a voltar à infância. As lágrimas furtivas crispavam nos olhos emocionados. Choro. Sim, o filme pôs a família em prantos. O filme terminou como termina, não vou contar. Ir à cama foi difícil, mesmo com leite quente.
No dia seguinte, incrivelmente, apareceu um rato na casa. A avó logo ia lhe passar o rodo, dar-lhe alguma estocada no canto e acabou, ia para o lixo. Não!!! Não mate é o Mr. Jingles. O rato parou na sombra enorme da mulher, estudando os movimentos e o caminho de fuga, mas percebeu a menina e lhe dirigiu o olhar de “cativas-me”. A avó não o matou ainda e ele fugiu.
Passou a viver “dia sim, dia não, da caridade de quem o detestava”, e aparecia à menina, quase por um milagre. Um incômodo, rato transmite doença, filha! Mas é o Mr. Jingles.
Não era um rato de esgoto, das profundezas imundas, tinha de ser morto a golpes de qualquer coisa - vassoura, rodo, com salto de tamanco, mas tinha de ser morto. A mãe da menina se recusava a sacrificá-lo, a avó tinha dó da neta, a neta dó do rato, e eu vou concluir porque este rato reapareceu – dizem que, depois, a avó o matou às escondidas.
Talvez seja a lei da sincronicidade, que o Dr. Jung explica, eu não entendo, mas me defendo com as teorias, textos, já às lágrimas, sou péssimo; então, Ester, A fada chorona me deu um caderno para eu enchê-lo com as palavras snif, snif... Por que justamente o rato?
Homenagem à indelével sensibilidade da Luzia e Polyana, minhas caras.
Obs: Vc que chegou até aqui saiba que fiz este texto pela fato de a Luzia contar e a Polly confirmar o ocorrido. Depois de assistirem em lágrimas o filme, apareceu na casa um rato e que não suportavam matá-lo, sumia pela casa e zanzava, por vezes, olhando como se tivesse alma. Estranho fato análogo e diria da sincronicidade.

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