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O blog atém-se às questões humanas. Dispensa extremismos ou patrulhas. Que brilhe a sua luz. Bem-vindo e bem-vinda!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Amigos, grato pelos acessos. Hoje posto foto de goiabeira, mas sem cor, a goiaba pode ser da cor que quiserem, branca ou vermelha, aqui no blog somente achei uma foto preto e branco. Já sei, vou colorir as letras do texto. Abç, deixe seu recadinho em forma de comentário.
O blogueiro persistente.
Goiabeiras
Goiabas de beira, pelo caminho surgem essas árvores rudes, num cheiro de quina, de esquina, as goiabeiras. Fortes árvores, de duro corte e de assombrosa formosura. Foram dias vendo goiabas caídas no cheiro da rua. A doce goiaba, inúmeras delas, que sujam quintais. E no escolhe-escolhe o bicho sempre aparece antes, se não viu... É notório entre os humanos que as goiabas – todas - possuem bichos e nas goiabeiras tanto existem goiabas como bichos, mas elas resistem firmes com seus bichos e tudo. Tenho as visto e sentido seu cheiro e mesmo desviando meus passos de cima de alguma caída, tenho certa atração a este pomar urbano. Tenta-me colher tal fruto de alguma goiabeira de morador desconhecido a perder-se pela calçada. O cheiro de goiaba dá uma sensação de estar em outro plano da existência, num mundo em que esse aroma nos incensa com o bafo da natureza silvestre. A abundância de frutos forra chãos, como vício, desperdício, menosprezo. As goiabas rolam ruas e chão abaixo, espatifam sob pés e rodas e as que sobram jazem na beira, carcomidas pelos próprios bichos – talvez sejam as filhas pródigas da natureza. Suas vísceras apetitosas, ao olhar pelo menos, ora brancas, ora avermelhadas, confundem entre sementes duras aos dentes e bichos brancos e moles. Cheirei, apreciei com água na boca, mas não comi não. Era assim enquanto durou sua estação, mas já não se veem as goiabeiras com frutos. No chão as goiabas batidas, disformes, bichadas, primícias intocadas, não colhidas pelo homem – pelos animais sim, morcegos, pássaros disputam deste festim dos bichos. Não sei se foi criado ao humano, aos pássaros, ou aos bigatos, porque sempre tem um se mexendo depois da primeira mordida, mas não mordi não. Há um cheiro de não sei o que, é agridoce talvez, um doce decomposto, algo saboroso que não se comeu, nem mais se pode, talvez um azedo açucarado e que vai compor o húmus do solo ou à pazinha da lixeira. Triste cena de dúbia condição, ambígua e exclusiva. Odeio goiabas. Sem bichos estão verdes, se maduras os bichos nelas estão, odeio goiabas porque me tiram o gosto de comê-las; só se presta se colhida com esmero, muito cuidado, apenas em ramo do ano que floriu e da que desenvolveu melhor, mas é tarde - já passou a estação das maravilhosas goiabeiras. Hum, odeio goiabas! E você?
Ah? Quem não adquiriu, ainda temos exemplares do As ciladassss do , acessem-nos e peça pelo e-mail camilo.i@ig.com.br Postamos e vc nos deposita quando e puder.
Abç~~~~ãooooo.

2 comentários:

  1. Oi, Camilo! "Goiaba"... na minha época de adolescente era uma expressão usada para classificar alguém de "miolo mole"... [rsrs] Mas, no meu quintal de brincadeiras infantis, muitas eram as árvores frutíferas... Comi de tudo um pouco... e minha mãe fazia uma goiabada de primeira... Os bichos... oras... eram retirados de tamanha invasão!
    Abraço, Célia.

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  2. Pois é, Célia, aqui também tiramos, mas parece que voltam por onde não se vê, parece que a goiaba lhes pertence. Abção e obrigado.
    O blogueiro amigo

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