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O blog atém-se às questões humanas. Dispensa extremismos ou patrulhas. Que brilhe a sua luz. Bem-vindo e bem-vinda!

sábado, 19 de janeiro de 2013

Segundo J O Ã O

Amigos e amigas, grato por me lerem. Hoje faço uma reflexão sobre João e que vinha borbulhando há muito no meu cérebro. Espero que gostem do texto singelo que vos apresento. Como escrevi de imediato, espero que não tenha muitos erros; se tiver, corrijam-me.
Grato.
O blogueiro
Camilo
Segundo João
São João completa seu evangelho dizendo que se todas as palavras e atos de Jesus fossem escritos não haveria papel suficiente no mundo, ou dir-se-iam, pergaminhos. Tudo bem, João, hoje já destruímos muitas florestas para fazer papel para dar ao livro o papel que achamos que tem e não precisamos dos pergaminhos enrolados do mar morto, nem de fornecedores da cidade de Biblos.
João, descrito como um mancebo que se evadiu nu deixando a túnica na mão dos soldados que prenderam Jesus no Getsemani, no lugar que o mestre traído suara sangue pela forte angústia.  Evadiu, fugiu não, voltou de longe acompanhando a via-crucis como podia. Entrou no lugar onde estava o prisioneiro e pediu no lugar que se deixasse Pedro entrar, este assim dentro e amedrontado negou por três vezes, mais tagarela que o galo do vizinho.
O tema da fonte João, esses compilados da vida e obra de Jesus são chamados fontes, porque vêm da tradição e dos vários copistas que escreviam conforme profetizava o discípulo. João é chamado é comparado à Águia dos evangelistas, mas é mais manso que uma pomba e mais astuto que uma serpente. Durante toda a repressão e perseguição aos cristãos morreu de morte natural, consagrando a profecia de que “este ficará”; dos apóstolos foi o único a não sofrer martírio na morte. Sobreviveu a prisões, perseguições, escreveu o apocalipse (revelação) como uma carta às igrejas, inclusive a de Roma, chamando esta de Babilônia para não revelar o local dos cristãos que praticavam seus rituais nas catacumbas, cemitérios subterrâneos do trono imperial.
De tudo sobreviveu João sem medo, seguindo talvez o conselho repetidas vezes no evangelho de “não tenhais medo”. No filme Visão de São João ele é preso e dá testemunho de sua crença e fé, do destemor ao homem e às coisas temporais. Um jovem preso com ele se revolta e é um alto dignitário em desgraça. João pergunta por que está tão revoltado e o jovem responde que foi Roma que lhe pôs lá sob condições inumanas. E João reflete e profetiza: Não, não foi Roma que te pôs aqui. Elegeu um culpado para os seus problemas e bem à vista, ninguém gostava da opressão romana, mas mesmo assim, era verdade?
Queremos escolher o lugar da nossa felicidade e esquecemos o lugar que o Amor ocupa, o Amor ocupa o lugar que ocupamos, não que usurpamos.

2 comentários:

  1. Muito fácil expurgarmos no outro nossas iniquidades, não acha?
    Abraço, Célia.

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  2. Amei o modo como expôs suas idéias. E brilhante a frase que concluiu o texto. Parabéns.

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