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O blog atém-se às questões humanas. Dispensa extremismos ou patrulhas. Que brilhe a sua luz. Bem-vindo e bem-vinda!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Um Feliz Natal a todos! Os que não saíram de férias podem acessar o blog, se quiserem.
Agradeço pelo ano que vai se completando e pelos sucessos e aprendizados. Pelos 82 anos completos de meu pai e pela companhia de minha esposa Luzia. Pelos textos que Deus me me concedeu fazer e pelo muito suor. Agradeço aos leitores de O Efeito Espacial e não abusem do queijo, principalmente o gorgonzola mais picante. Acessem o endereço abaixo para ver entrevista sobre o livro.
http://www.youtube.com/watch?v=HGCjSokj2vM&feature=player_embedded
Foto ao lado: É da minha família. Essa Kombi 60, por cujo veículo meu pai trocou a tração animal. Todos queriam dar uma voltinha, mas era para fazer feira. Eu sou o primeiro à esquerda.


Salada histórica

Entrou na fila do banco de Jerusalém - havia filas para Fariseus, Saduceus, Sacerdotes - pegou a senha preferencial de pessoas acompanhando grávidas com burrinho e a atendente sorrindo lhe atendeu. Não havia saldo na conta, mas podia usar o cartão de crédito romano, descendente de rei ali tinha crédito. Ainda relembrava a voz do anjo que deveria ir para o Egito, mas antes Maria tinha de fazer o pré-natal com a sua prima Isabel e despedir-se dos parentes. Havia noticias no templo de que um novo rei ia nascer e Herodes estava com as barbas de molho. Não o queria em seu reino. José ia fugir com a esposa e o menino, tão logo nascesse. Mas não deu tempo, aqueles magos barbudos, leitores de estrelas e glamour religioso estavam por ali e pelo que se lia no quadrante do céu chegariam ali em pouco tempo.
Por sugestão do anjo iria para o Egito. Ele com a esposa e o burrinho, o menino não tinha ainda nascido. Jesus seria um Egípcio? Não. José se socorreu num estábulo, já que dinheiro não tinha, cartões de crédito não eram aceitos nas estalagens e o talão de cheques ficou esquecido na outra túnica. Levou Maria ali e fez o parto a luz do luar. Herodes estava perto, os magos, ricos, já tinham chegado, com incenso, ouro e mirra. Se o presente fosse uma casa-própria, ou, ao menos, fraldas descartáveis ou cremezinho para o bumbum do neném?! E os magos, depois de dizerem palavras e mesuras ao “rei-menino”, foram-se por outro itinerário desconhecido das autoridades, para despistar o rei assassino. José foi acompanhando as orelhas do burrinho montado por Maria e o menino, já de cabelo oxigenado para se parecer loiro, como um romano. Típico modelo para Leonardo da Vinci.
Em Jerusalém, Herodes fez um censo às avessas, contagem macabra. Mandou matar as crianças nascidas naquele período para pegar Jesus no meio delas, no dia que ficou conhecido como o da matança dos inocentes. Dizem que essas crianças foram todas para o céu, mas São Pedro não estava lá ainda para conferir o porte de passagem.
Os magos sumiram do mapa junto com a estrela vista. Roma, a exemplo de Herodes, matava os inocentes e amedrontava os culpados. A geopolítica dos tiranos.
Quando tudo se acalmou o anjo mensageiro foi a José no Egito e lhe disse que podia voltar, estava tudo seguro ao menino. O anjo previra os trinta anos seguintes, depois...? José deixou lá um brilhante emprego de marceneiro do faraó e fabricante de gaiolas, mas veio atendendo aos desígnios do anjo. Morreu logo e deixou a viúva e o filho. Não tinha pensão do governo para deixar, nem Jesus conseguiu carteira assinada ou o primeiro emprego, mas seguia a mesma vida do pai, fazendo biscate, arrumando um telhado e fazendo cadeiras artesanais para ricos. Rejeitou um pedido do Governo romano, que terceirizada os serviços, para montar um lote de cruzes de mogno, com tabuleta da causa da condenação na cabeceira – sua empresa não era regularizada. Sua vida não era fácil, comia o pão que o diabo amassou. Assim foi indo até que quiseram fazê-lo membro de um partido político, os zelotas, o qual rejeitou. Seu primo batizava no rio Jordão, mas Salomé pediu sua cabeça que o rei ébrio prometeu em seu deleite cego de paixão. Jesus andava em má companhia, prostitutas, ladrões e incultos. Assumiu o capital político e religioso de João, mas foi preso, maltratado e trocado por Barrabás, um zelota que recebeu o indulto de natal.
A história sinóptica, todos sabem...mas ainda se punem inocentes para assustar os culpados; porque ainda falta justiça a estes e misericórdia daqueles.

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