Amigos, roupa suja se leva em casa, mas em trânsito também temos questões intestinas e o assunto vai por água abaixo. Confesso que este cubículo serviu-me muitas vezes, até para refrescar a mente. Se precisar não tem jeito, vamos ao retrete.
Blogueiro aliviado
O retrete
O banheiro público feminino... Há de
pensar que lá seja um lugar instigante e limpo, espaçoso e branco, a cheirar
perfume, com mil privadas como fontes de águas limpas. Onde se vê a beleza
cheirosa do limpo, mas não se pode devassar.
Aqui na terrinha teve um incidente com
transexual que tentou adentrar nos átrios cuidadosos do banheiro feminino. O segurança
não perceberia se não o alertassem, creio, visto que a pessoa era insuspeita ao
portar-se e vestir-se à moda feminina, com orientação diversa ao nascer homem
que não era.
Em geral nos estabelecimentos pergunta-se
onde fica o “toilette”, uma palavra francesa que no seu vernáculo significa
pequena toalha. Nos EUA Lavatory (pia ou vaso sanitário). Há também o símbolo
da cartola e da bengala cruzados e a silhueta da dama e cavalheiro com trajes
do século XIX, nas portas aos fundos. Estabelecimentos com banheiro único é: se
ela vai, ele espera.
Um lugar limpo, com louças brancas, com
desodorizante e a sensação de ser só seu, mas se faltar papel? Coisa que
acontece mais no banheiro masculino, as mulheres veem isso antes e não tomam
assento do que não lhes é seguro, na bolsinha tem de tudo, preservam-se, sem
ficar com qualquer pingo de dúvida e muitas dessas damas têm o plano B, de cuja
elegância fazem jus, o tato feminino de se antecipar à “saia justa”. Se virem
uma mulher sem bolsinha entrar num banheiro feminino, cuidado! Este também é um
álibi perfeito para quem vai somente retocar a maquiagem, mas se não portar
bolsinha que combine com a roupa, ou sem bolsinha...
Hoje, todavia, com toda a força simbólica desta
indispensável instância cogita-se banheiro para o terceiro sexo, a terceira via
do terceiro milênio. A necessidade é a mesma entre ambos (ou todos) os sexos,
que usam os locais aonde chegam para alívio e não vexação.
Alguém meteu a boca na cidadã, defendeu
este procedimento do segurança homem, justificado, segundo este, por
salvaguardar as usuárias de outro homem vestido de mulher. Se a questão fosse
ato promíscuo, isso pode se efetivar em qualquer dos lados com a mesma
obscenidade.
Mesmo entre os de mesmo sexo, cabe a privacidade
aos mais tímidos ou, ainda, como o costume em alguns países europeus, os de
sexo masculino de sentarem-se para não respingar pelo chão. Acho mesmo que
deviam eliminar-se os urinóis fétidos; que os usuários ao fechar a porta possam
sentar calmamente no retrete e pensar na vida e nas boas obras, olhando para o
chão e azulejos de sua intimidade dessa hora vã e agradecer.
E.t: Aos interessados por leitura de escritor insistente (e aos que ainda não adquiriram nossos livros, acessem nosso e-mail camilo.i@ig.com.br e encomendem ou solicitem dados sobre as obras, que terei enorme prazer em passar.
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